Entre 2008 e 2011 a maior preocupação das indústrias brasileiras estava em encontrar alternativas para concorrer com a matéria prima chinesa do glifosato. O produto chegava ao Brasil a preços muito baixos e foi preciso estipular um valor mínimo, que ficava em torno de US$ 3,60 o quilo. Na época, a matéria prima brasileira tinha seus preços na faixa de US$ 12,00 o quilo. Por isso, de lá para cá muitas indústrias brasileiras saíram do mercado. A maior unidade produtora, da empresa Monsanto em Camaçari, na Bahia, também sentiu o impacto e precisou deixou de operar com toda a sua capacidade, passando a trabalhar apenas com 80%. A partir de então foi preciso encontrar alternativas para competir com os baixos preços.
Com as mudanças no modo de produção e também com os serviços oferecidos no Brasil o glifosato voltou a ter competitividade frente ao glifosato chinês. Além das adaptações, os aumentos dos custos de energia, dólar e impostos na China também beneficiaram a indústria nacional.
No início do ano, a matéria prima chinesa custava US$ 5,40 o quilo e hoje está custando US$ 12,00 por quilo um aumento de 45%. A nacional, que custava cerca de US$ 12,00, passou a custar US$ 8,00 por quilo.
Segundo o diretor da Associação Brasileira dos Defensivos Genéricos, Túlio Oliveira, essa queda nos preços não ocorreu de forma natural, somente pelas mudanças no modo de produção, e sim foi manipulada artificialmente por uma questão estratégica.
Mas mesmo com o produto nacional mais barato, o preço aos produtores deve continuar aumentando. Como a produção nacional é pequena, o importado prevalece. Então apesar do momento ser mais positivo para as indústrias do país, o ano de 2013 será de preços mais altos aos produtores rurais que utilizam o glifosato em suas lavouras.