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O ano 2013 começou bem para a cultura do milho. Os produtores que apostaram no grão, e conseguiram colher nos primeiros meses do ano, aproveitaram o espaço deixado pela quebra da safra americana, provocada pela seca nos Estados Unidos.
Animados com os resultados de 2012, os produtores brasileiros investiram ainda mais na cultura. Capitalizados, aumentaram a área e apostaram na alta produtividade. Porém, o cenário se inverteu: os Estados Unidos conseguiram recuperar a produção e os preços caíram, gerando prejuízos.
No Brasil, a produção bateu recorde e, junto com a dificuldade de escoamento provocada pelos caos logístico, os produtores não estavam preparados para armazenar a produção. Em Mato Grosso, os grãos ficaram a céu aberto.
O clima também atrapalhou os planos dos produtores e algumas regiões ficaram até 60 dias sem receber chuvas. Os problemas climáticos somaram com a grande oferta de produto no mercado e os preços caíram a patamares que não cobrem os custos de produção. O lucro que os produtores esperavam da safrinha não veio.
O governo entrou para ajudar os produtores, com a realização de leilões, na tentativa de equalizar os preços. Oito milhões de toneladas de milho foram subsídiadas e as cotações do grão pararam de despencar. O Brasil exportou mais de 20 milhões de toneladas, com capacidade para enviar ainda mais ainda. Foi a safra dos Estados Unidos que desacelerou os embarques brasileiros.
Depois de um ano com tantas oscilações, os produtores já se preparam para enfrentar mais problemas em 2014. Segundo o analista da FC Stones, Glauco Monte, a área plantada deve reduzir cerca de 14 milhões de hectares, dando espaço para a soja.