“Os problemas relacionados ao clima no México, o desempenho relativamente fraco da Colômbia, e volumes maiores que o normal de grãos de baixa qualidade colhidos no Brasil devem significar um aperto na disponibilidade de arábica de qualidade para exportação até meados de 2010”, afirmou o banco em um relatório.
O Vietnã, maior produtor mundial do tipo robusta, também pode sofrer um corte na produção em 2009/10 devido à aplicação reduzida de fertilizantes, segundo o relatório.
O Fortis estima a produção global de café em 2009/10 em 143,2 milhões de sacas de 60 quilos cada, contra 133,9 milhões de sacas em 2008/09. O aumento deve significar que a produção mundial em 2009/10 excederá o consumo em 14,66 milhões de sacas, principalmente devido à provável safra de arábica maior do Brasil.
“O dilema para os compradores de arábica neste ano será a dificuldade em conseguir grãos brasileiros de alta qualidade. Chuvas irregulares no começo da temporada 2009/10 do país produziram floração variável e quantidades maiores de grãos verdes serão colhidas das árvores, o que significa que os volumes exportáveis devem ser menores que o normal”, afirmou o banco.
O aperto dos estoques mundiais de café arábica também deve suportar os preços daqui pra frente, com as reservas certificadas dos Estados Unidos no nível mais baixo desde 2003, informou o Fortis. As informações são da Dow Jones.