Segundo o coordenador de Fruticultura da Emater, Antônio Conte, este ano deve ser melhor porque, entre 2007 e 2008, o clima castigou muito a produção.
? No período da florada, em outubro e novembro de 2007, tivemos chuva em excesso. Na sequência, em janeiro e fevereiro, a escassez de chuva prejudicou a fase final de desenvolvimento do fruto. Vamos aguardar este verão, mas considerando o clima até agora, as perspectivas são melhores ? analisa Conte.
As previsões animam os dois irmãos Pitol, Lenio, 43 anos, e Leandro, 41 anos, que há sete meses diversificaram os negócios iniciados nos anos 60 pelo pai Luizinho, 67 anos. Além do viveiro e do pomar, inauguraram uma agroindústria familiar para beneficiamento das nozes.
? Completamos o ciclo, produzimos a muda e vendemos. Depois compramos a produção para ser industrializada ? comemora Leandro.
Nesses sete meses, já industrializaram 59 toneladas ? oito próprias e o restante comprado de produtores dos três Estados do Sul. Este ano, com o clima mais favorável, esperam produzir dez toneladas. Nos seis hectares com nogueiras pecã, a família trabalha em sistema de consórcio com a criação de 80 ovelhas. Além de fornecerem adubo, elas mantêm o pomar limpo.
No Vale do Taquari, em 2008, os produtores receberam de R$ 5 a R$ 6 pelo quilo da noz-pecã com casca. Este ano, se for confirmado o aumento da safra, a estimativa dos Pitol é de que o quilo fique em torno de R$ 4,50.