Em um cenário de desafios econômicos e preocupações com os preços, o setor agrícola do Brasil celebra uma safra recorde de milho. Dados da 20ª edição do Rally da Safra revelam que a produção de milho segunda safra alcançou 107,2 milhões de toneladas, representando um aumento de 16,1% em relação à temporada anterior. Esses números foram obtidos em uma área de 16,9 milhões de hectares.
A estimativa inicial da produção, quando a etapa do milho foi lançada em 23 de maio, era de 102,4 milhões de toneladas. No entanto, à medida que a safra avançava, condições favoráveis e técnicas agrícolas avançadas permitiram que os agricultores superassem as adversidades iniciais. A produtividade média nacional foi estimada em 105,5 sacas por hectare, um crescimento notável de 14,8% em relação à safra anterior.
O estado do Mato Grosso foi o grande destaque, alcançando uma produtividade recorde de 120,1 sacas por hectare. Essa marca representou um aumento de 15% em relação à safra passada. Goiás também comemorou um recorde de produtividade, registrando 116,9 sacas por hectare, um crescimento de impressionantes 44% em relação à safra anterior.
Esse desempenho notável é resultado de vários fatores-chave, incluindo uma melhor distribuição de chuvas, maior quantidade de plantas, espigas e grãos por hectare, além de boa sanidade das lavouras tardias. A qualidade do milho brasileiro o tornou altamente competitivo no mercado internacional, com a China se destacando como um importante destino para as exportações.
Apesar da euforia com a colheita recorde, os produtores enfrentam desafios logísticos. Os meses de agosto e setembro concentrarão uma parte significativa da colheita nos estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná. A demanda interna por milho permanece forte, mas a exportação adicional de 54,1 milhões de toneladas requer planejamento cuidadoso para garantir a entrega eficiente e oportuna.
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