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Produção recorde obriga sojicultor brasileiro a exportar bem mais do que agora

Entenda porque mesmo com o ritmo de vendas ao exterior crescente, a situação brasileira ainda gera preocupação no mercado

Daniel Popov, de São Paulo
Com a super safra de soja colhida nesta temporada de 111 milhões de toneladas, o Brasil precisa agora comercializar tudo isso. Os preços que já não estavam tão bons, tem caído gradativamente, à medida que a perspectiva da safra brasileira vai se confirmando. Segundo analistas de mercado, para evitar ficar com um estoque de passagem muito elevado para a temporada 2017/2018 seria necessário vender ao exterior uma quantidade inédita de soja, tarefa bem complicada.

Antes de apresentar os dados de exportação, vamos mostrar uma análise realizada pelo analista de mercado Paulo Molinari, da Safras & Mercado. O Brasil iniciou o ano de 2016 com um estoque de soja de 2,2 milhões de toneladas de soja, colheu mais 111 milhões de toneladas e mesmo na melhor das hipóteses deve fechar o ano com um estoque muito maior do que começou. “Com mais soja no mercado, os preços tendem a cair, por isso seria mais interessante vender mais”, comenta ele.

Nas contas do analista para que o estoque não fique tão grande assim, ou seja, em torno de 8,8 milhões de toneladas, seria necessário destinar 41 milhões de toneladas a moagem (lembrando que a capacidade brasileira é próxima a esta quantidade), destinar 3,1 milhões para sementes e outros usos e exportar 61 milhões de toneladas.

Mas há uma dificuldade ai!. A exportação destes 61 milhões de toneladas representaria uma elevação diante do ano passado de 16,2% em volume embarcado. Entretanto, apesar das elevações constantes nas vendas deste ano, no acumulado de janeiro a abril o país exportou apenas 10,3% na comparação com o ano passado. “Precisaremos exportar bem mais se quisermos evitar ficar com muita soja no mercado interno”, analisa Molinari.

Exportações de abril

As exportações do complexo soja cresceram 12,6% em relação a abril de 2016, com US$ 4,55 bilhões. A maior parcela foi obtida pelas vendas de soja em grãos, que alcançaram quantidade recorde para o mês, de 10,43 milhões de toneladas (+3,4%), o que resultou em US$ 3,95 bilhões (+11,8%). Além disso, o preço médio do produto subiu 8,1% no período, passando de US$ 350 para US$ 378 por tonelada.

O farelo de soja foi o segundo principal produto negociado pelo setor, saindo de US$ 470,11 milhões (+4%) para 1,33 milhão de toneladas embarcadas (-7,2%) e preço médio no período de US$ 354 por tonelada (+12,0%).

Já as vendas externas de óleo de soja totalizaram US$ 134,10 milhões (+124,5%), com alta no preço médio do produto (+8,2%) e na quantidade comercializada (+107,6%), com 181,34 mil toneladas.

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