“As condições adversas durante o período de desenvolvimento afetaram negativamente o rendimento em muitas áreas, especialmente no norte da Argentina e no sul do Brasil e do Paraguai”, afirmou o IGC, em relatório.
Na região Sul do Brasil, sobretudo nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, a baixa umidade do solo limitou expressivamente o desenvolvimento da safra. A produção do Brasil pode cair 8%, para 69,4 milhões de toneladas, em relação ao recorde alcançado em 2011/2012. Trata-se de queda de 3,3% ante a projeção anterior do IGC.
O Conselho também baixou em quase 10% sua perspectiva para a produção de soja da Argentina em 2012/2013, para 46 milhões de toneladas, o que significa uma queda de 6% em relação à produção do ano passado. “A seca prolongada resultou em uma redução irreversível na produtividade de algumas áreas da Argentina”, acrescentou. A produção do Paraguai deve cair 40%, para apenas cinco milhões de toneladas.
O IGC diminuiu sua estimativa para as importações de soja na China em um milhão de toneladas, para 56 milhões de toneladas, o que seria um recorde – aumento de 7% ante o ano passado. A China é o maior importador mundial de soja.
O ritmo das exportações de soja da América do Sul após a colheita do ano passado foi excepcionalmente forte e os embarques do Brasil e da Argentina foram três vezes maiores durante o período de outubro a dezembro, na comparação com o ano anterior, disse o IGC. No entanto, os embarques devem desacelerar nos próximos meses, por causa da redução da produção.
O IGC cortou em 2,2% sua projeção para as exportações de soja do Brasil na temporada e em 17% a previsão para as da Argentina. Ele elevou a estimativa de exportação de soja dos Estados Unidos em quase 3%, por conta da migração da demanda.
O comércio global de farelo de soja provavelmente alcançará o recorde de 58,4 milhões de toneladas, um aumento de 2,6% no ano, disse o IGC, citando um crescimento da demanda no leste asiático e na União Europeia.