Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 92,5% da área cultivada já foi colhida. Resta colher pouco mais de 480 mil hectares. Na região meio-norte de Mato Grosso, os trabalhos estão mais acelerados, com 96,8% das lavouras colhidas. No nordeste do Estado o ritmo está mais lento, com 74,6% dos trabalhos concluídos.
? O Estado é muito grande, algumas regiões precisam colher 25% da área, mas acredito que em duas semanas termine tudo ? diz a analista da cadeia de grãos do Imea, Maria Amélia Tirloni.
Conforme a analista, foram registrados problemas na região oeste do Estado e outros pontuais no Sul. Ela afirma que a umidade em março ficou acima da média, mas não impactou tanto na méda final, pois o potencial produtivo estava muito acima do normal.
Para as lideranças da classe produtora, os números ajudam a reforçar o bom momento vivido pelo setor. O conjunto produção recorde com preços atrativos anima e traz otimismo para quem está no campo.
? O ponto positivo para o setor é a questão econômica. Colher uma safra melhor e ter um preço bem melhor do que o ano anterior dá um segurança para o produtor em dois fatores. O primeiro é ele poder equilibrar um pouco os problemas financeiros do passado. Para aqueles que já estão equilibrados, eles já estão adquirindo os insumos para o próximo plantio com barganha financeira e fazendo um custo menor. Isso, de maneira geral, é um benefício para todo segmento ? diz Nelson Piccoli, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato).
Dependendo da região do Estado, a saca é negociada entre R$ 37 e R$ 41. Até agora, quase 77% da produção já foi comercializada, um aumento de 22,5% em relação ao volume vendido no mesmo período da safra passada.