– Se não for uma safra recorde, então certamente podemos esperar um retorno aos patamares que vimos nos últimos anos – disse o economista-chefe do USDA, Joseph Glauber.
O preço do contrato mais líquido do trigo na Bolsa de Chicago (CBOT) caiu para o nível mais baixo em oito meses nesta semana, com as tempestades de neve nos Estados Unidos, que despertaram esperanças de uma recuperação das lavouras atingidas pela seca. Glauber acrescentou que a neve está fornecendo água às propriedades onde o cereal é cultivado, embora as condições climáticas estejam mudando semana a semana. Os rendimentos das lavouras da região do Mar Negro, especialmente Rússia e Ucrânia, também devem retornar aos níveis anteriores ao do ano passado, quando a seca reduziu a safra em um terço, segundo o USDA.
Os preços do trigo subiram no ano passado quando as safras dos EUA, da Rússia e da Austrália, maiores produtores do cereal, foram prejudicadas pela seca. A expectativa é de que os estoques globais caiam 6% na temporada que encerra em 30 de setembro, na comparação com o ano anterior, para 653,6 milhões de toneladas, de acordo com a mais recente projeção do departamento. Um novo levantamento será divulgado na sexta, dia 8.
O governo australiano estimou que a produção de trigo do país crescerá 13%, para 25 milhões de toneladas, na safra que se encerrará em outubro. A Austrália é o segundo maior exportador do grão, atrás dos EUA.