Na lavoura de três hectares de Wellington da Silva, em Corumbá de Goiás, os pés de tomate uva estão sempre assim, carregados. Em 2011, a família do agricultor decidiu investir na variedade e os resultados têm sido positivos. Por semana, cerca de 500 caixas do fruto são colhidas.
– Ela foi trazida pelo meu sogro, que ficou sabendo da produção, do custo um pouco mais baixo do que o plantio que a gente já fazia. Conseguimos produzir 10 meses por ano. A produtividade é boa e é bem compensatório e lucrativo o negócio – conta o produtor.
O manejo do tomate uva é especial. O cultivo tem que ser feito em estufas de metal padronizadas e as sementes e fertilizantes também são fornecidos por uma única empresa, uma multinacional japonesa que desenvolveu a variedade e determina quem e quanto cada produtor credenciado pode plantar. Em troca, o agricultor conta com o suporte de um agrônomo e tem a venda garantida a preço de contrato.
– É compensatório trabalhar com preço em contrato, você não sofre tanta variação do mercado – destaca Silva.
A distribuidora do tomate grape também tem que ser credenciada. Vander José Luciano, dono de uma, em Goiás, comercializa 40 toneladas por mês e afirma que o mercado para este tipo de produto está em ascensão.
– A nossa expectativa está cada vez maior, porque a gente teve um crescimento de 25% em relação a 2013 e 2014. E a nossa expectativa é chegar em 50% até o final de 2015 – projeta o empresário.
Luciano garante, ainda, que a rastreabilidade do produto gera mais confiança no consumidor final, em relação ao produtor.
– Todo o acompanhamento deles, isso está tudo registrado, e o cliente final, quando ele compra o produto, ele tem acesso às informações sobre onde foi produzido, onde foi embalado, tudinho no código de rastreio.
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