Impacto do clima no estado não foi o mesmo nas diferentes regiões, mostrando os reflexos dos veranicos no ciclo
As diferentes produtividades registradas nas regiões de Mato Grosso é a marca registrada da safra 2015/2016 de soja no estado. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) detalhou os dados da 5ª Estimativa de Safra, divulgada semana passada, e fez um comparativo com a safra 2014/2015.
– A grande análise é que apesar do aumento da produção nem todas as regiões tiveram um incremento de produtividade – explica o Superintendente do Imea, Daniel Latorraca.
O estudo mostra que três regiões estão registrando queda na produtividade até o momento em relação ao ano passado.
– A região médio-norte, onde se encontra 33% da área de soja de Mato Grosso, é a que está apresentando, até agora, a maior queda, com a produtividade 3,6% menor em relação à safra passada. O nordeste e o norte do estado também estão com a produtividade menor, com 2,1% e 1,1% de queda respectivamente – detalha Latorraca.
Em contrapartida, as regiões sudeste e oeste podem ter a maior produtividade da história, com o incremento de 2,6% na primeira e de 2,1% na segunda. A região centro-sul também está registrando alta com 1,2% e a noroeste com 0,7%.
– A diversidade é muito grande, a diferença entre as regiões com maior e menor produtividade chega a cinco sacas. Na região oeste devem ser colhidas 54,2 sc/ha e na nordeste 49 sc/ha – acrescenta o superintendente.
Outro ponto que é importante destacar é que a produtividade geral do estado está caindo. A diferença em relação à safra passada é de queda de 0,6% e isso é consequência da menor produtividade nas regiões onde está a maior área em Mato Grosso.
– Dessa forma, podemos dizer que o aumento de 2,1% na área total do estado é que está segurando o incremento na produção, que deve ser de 28,5 milhões de toneladas, ou seja, 1,5% maior em relação à safra anterior – conclui Latorraca.
Com informações do Imea