A instituição acrescenta que, no longo prazo, as projeções de produtividade baseadas em tendências anteriores provavelmente não serão confiáveis, por conta das mudanças estruturais na safra de milho dos Estados Unidos. Produtores das Grandes Planícies, inclusive no Kansas e nas Dakotas, estão plantando uma área maior com o cereal. A alta dos preços estimulou mais plantio nessas regiões, onde o rendimento costuma ser menor do que em fazendas de Iowa, Minnesota, Illinois e Indiana.
“O resultado de tal mudança nas expectativas de produtividade eleva a probabilidade de uma menor produção média por acre pelo menos nos próximos cinco anos”, afirma o relatório. A alta recente dos preços do milho também estimulou mais produtores a plantar o grão em anos consecutivos, em vez de intercalarem com a soja a cada dois ou três anos, observa o Rabobank.
Embora essa decisão possa fazer sentido econômico para os produtores, agrônomos enxergam rendimento do milho menor quando o solo é cultivado por anos consecutivos. O banco diz que produtores devem ter alcançado seu limite, ao menos temporariamente, sobre quantos acres podem ocupar com a planta. E explica que uma elevação no número de plantas por acre foi um importante puxador do crescimento da produtividade.
Enquanto isso, as companhias de sementes têm fatores que podem “mudar o jogo da produtividade”, segundo o Rabobank. A desaceleração do crescimento da produtividade significa que os produtores precisarão continuar plantando uma ampla safra de milho para acompanhar a demanda, e que a competição pela oferta continua intensa.