A empresa relata que temporais, granizo, geada e excesso de chuva na fase crítica da cultura prejudicaram o trigo. O impacto aparece também no número de perícias para a solicitação do seguro agrícola Proagro: foram 4.370 perícias, em uma área de 135,146 mil hectares entre os dias 1º de julho e 21 de novembro. A área total dedicada ao cereal foi de 993,1 mil hectares nesta safra.
A qualidade do produto colhido também está baixa, segundo o Emater, e o cereal já colhido está enquadrado, na sua maioria, no tipo 3, com PH mínimo de 72, remunerando pouco o produtor. O produto não atende às especificidades da indústria e deve ser destinado para ração.
– A Emater/RS-Ascar seguirá monitorando as condições das lavouras, sendo que o real tamanho do prejuízo será cada vez mais preciso à medida que avançar o porcentual de área colhida da cultura. As atuais informações que chegam das regiões de produção não são melhores que as anteriores – aponta o relatório da empresa.
Milho
Com 75% da área de milho já semeada, a Emater-RS relata que na região norte do Estado as lavouras estão sofrendo com a falta de umidade e altas temperaturas. No Planalto, as plantas demonstram sinal de estresse hídrico por meio do enrolamento das folhas e amarelecimento das folhas basais, fato que já preocupa os produtores.
Na Fronteira Noroeste, Missões e Alto Jacuí, a situação foi amenizada com a chuva registrada no dia 19. Produtores trabalham para colher uma safra cheia, após as perdas registradas no último ciclo, em consequência da forte estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul. Tanto o plantio, quando o desenvolvimento das lavouras segue em linha com a média registrada pela Emater nos últimos quatro anos.