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Produtor brasileiro deve avançar na comercialização da safra

Momento de alta das cotações, em função de previsões de clima e produtividade para safra norte-americana, é favorável ao mercado interno

O grande volume de chuvas registrado no Meio-Oeste dos Estados Unidos fizeram o preço da soja subir nesta semana. Na Bolsa de Chicago, o bushel chegou a U$ 10,60. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as chuvas provocaram a queda de dois pontos percentuais na classificação de qualidade das lavouras de soja nesta semana, em relação ao mesmo período do ano passado. O clima também provocou atraso: só 94% da safra havia sido plantada no início da semana, 3% abaixo da média dos últimos cinco anos.

– O clima adverso, esse excesso de chuva, baixa luminosidade, a baixa contenção de nutrientes pra planta, todos esses efeitos negativos sobre a planta também afetam a produtividade. Então, é preocupante, é marcado por incerteza, o mercado está naquela sensação de buscar parâmetros mais sólidos pra tomar uma posição. Por enquanto, a gente vai viver esse momento de especulação muito presente – indica o analista da Informa Economics FNP Aedson Pereira.

Até o início de agosto, quando o mercado vai ter projeções mais claras sobre a safra americana, a cotação deve continuar rompendo a barreira dos US$ 10 por bushel, quase US$ 1 a mais que a média do primeiro semestre do ano.

– A gente observa que o mercado tem mostrado uma sensibilidade muito forte em relação a qualquer impacto na oferta do produto, porque a demanda pelo produto continua muito forte, a gente está vivendo aí exportações recordes nos EUA e também aqui no Brasil – reforça o analista.

Conforme Pereira, toda a estrutura dinamizou a demanda e a queda no preço estimulou o consumo

– Hoje a gente vive essa precificação, não somente por causa do fator climático nos Estados Unidos, mas também por essa demanda mais consistente. 

No mercado interno, o cenário é positivo. Só em junho, o Brasil exportou 9,8 milhões de toneladas de soja em grão

– Apesar de o Brasil ter tido um recorde de produção, a demanda, por outro lado, está bem firme. O esmagamento aumentou, como as exportações, maio e junho, por exemplo, bateram recordes de exportação, teve um atraso no começo, mas agora teve recorde. Então, eu vejo que eventuais quedas que a gente tenha no mercado internacional podem ser compensadas por um fortalecimento do mercado interno – avalia Glauco Monte, analista da FC Stone.

A valorização da soja na Bolsa de Chicago tem sido vista com bons olhos por analistas brasileiros. Com a instabilidade das cotações do produto, este seria o momento ideal para o produtor brasileiro negociar com fornecedores e planejar uma supersafra, como a colhida no início deste ano.

– Mesmo que a gente tenha uma perspectiva de queda da safra americana, que isso ninguém pode confirmar, seria interessante ele [o produtor] avançar um pouquinho, pelo menos garantir os custos de produção com uma determinada margem, então essa especulação em relação ao clima nos Estados Unidos é um momento bom para o produtor brasileiro – sugere Monte.

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