Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Produtor estima menor produtividade da soja em Mato Grosso do Sul

Clima seco prejudica o desenvolvimento dos grãos e favorece a proliferação de pragas nas lavouras de soja do EstadoO clima seco que preocupa alguns produtores de soja em Mato Grosso do Sul já começa a se refletir na perspectiva de produtividade. No trecho entre as cidades de Sidrolândia e Maracaju, algumas lavouras em fase de colheita apresentam rendimento abaixo do esperado anteriormente devido à falta de chuvas.

– O veranico pegou a fase crítica de enchimento dos grãos e algumas propriedades tiveram perdas significativas – observa Felipe Oliva, analista da Agroconsult.

Embora contribua para o controle de doenças provocadas por fungos, como a ferrugem asiática, a baixa umidade favorece a proliferação de pragas.

– Esse ano as lagartas e os percevejos incomodaram bastante. Chegamos a fazer cinco aplicações de agrotóxicos para cada praga – comenta Maicon Straube, filho de um produtor que tem cerca de 900 hectares em Sidrolândia (MS).

De acordo com ele, a produtividade média da área total cultivada pela família – 1,48 mil hectares, considerando também as terras arrendadas – ficará abaixo de 50 sacas por hectare.

O mesmo espera o produtor Clovis Vincensi, que na temporada 2012/2013 semeou 2,25 mil hectares com a oleaginosa na região de Maracaju (MS). O agricultor, que inicialmente previa 65 sacas por hectare, agora calcula que a lavoura renderá apenas 48 sacas. Ele também reforçou os defensivos contra a lagarta falsa-medideira neste ano e fez quatro aplicações.

Apesar da expectativa de uma queda de pouco mais de 10 sacas por hectare na produtividade, a avaliação de Oliva é positiva em relação às condições das plantações.

– Em geral, as lavouras apresentam um aspecto sanitário muito bom e os produtores não devem se preocupar com descontos em relação à qualidade do grão – afirma.

Tanto Straube quanto Vincensi apostam que a commodity continuará rentável e pretendem ampliar as plantações no ciclo 2013/2014. O primeiro arrendará mais 370 hectares para soja no próximo ano-safra e o outro considera converter 250 hectares de pastos em lavouras.

Integração lavoura-pecuária

O potencial de expansão de área agrícola em Mato Grosso do Sul está na conversão de pastos em lavoura, observa Oliva.

– O boi não rende tanto quanto a soja, então é por isso que a agricultura tem avançado cada vez mais sobre a pecuária – explica.

Segundo ele, os avanços tecnológicos permitem ao produtor integrar agora lavoura e pecuária, explorando ao máximo a produtividade da terra.

– Ele consegue ter uma safra de soja, colher o milho safrinha e depois ainda entrar com o gado – relata o analista.

Entre os benefícios decorrentes dessa prática, Oliva observa que a cobertura de capim protege o solo, preservando os níveis de umidade. 

Sair da versão mobile