A expectativa é repetir os números da primeira colheita no ano passado. Para 2009, a previsão é produzir 200 quilos e beneficiar 40 litros de azeite. O rendimento médio do azeite é de 20% do peso da azeitona, fruto de onde se extrai o óleo. Por enquanto, a produção de azeite é experimental. Para que a ideia inicial de fazer uma indústria de azeite de oliva saia do papel, ainda será preciso esperar bastante tempo. Não há previsão.
? Este ano, o tempo não ajudou, choveu muito na primavera e diminuiu a produtividade dos pés. Mas, para o próximo ano, vamos melhorar a adubação, e a colheita vai passar de duas toneladas ? projeta o pioneiro no plantio para extração, Guajará Oliveira, presidente da Associação Rio-Grandense de Olivicultores (Argos).
As primeiras 300 mudas de oliveira foram plantadas no interior de Caçapava do Sul, há seis anos. Hoje, em uma área de 20 hectares estão se desenvolvendo 7,4 mil pés.
? Nesta produção, é preciso ter paciência, porque a oliveira só começa a dar frutos entre seis e 13 anos, e a quantidade de azeitonas vai aumentando progressivamente ? diz a mulher do produtor e também pesquisadora da cultura, Olvânia de Oliveira.
No Rio Grande do Sul, existem cerca de 40 produtores que plantam numa área cerca de 200 hectares, principalmente na região central do Estado.
O casal, que tem Oliveira até no nome, acabou se interessando pela cultura há nove anos e, para iniciar a produção, fizeram várias viagens e cursos pela Espanha, a maior produtora mundial de azeite de oliva.
? As pessoas devem consumir o azeite de oliva no preparo geral da comida. Ele tem propriedades que reduzem o colesterol ruim e ajudam na digestão ? recomenda a nutricionista e professora do Centro Universitário Franciscano (Unifra), de Santa Maria, Tereza Cristina Blasi.