Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Produtor do interior de São Paulo cria armadilha para capturar helicoverpa

Segundo pesquisador, armadilha oferece vantagens no monitoramento, mas não deve ser considerada instrumento de controle de pragasDiante do ataque da lagarta Helicoverpa armigera na lavoura de soja e milho, o produtor João Pedro dos Santos, do interior de São Paulo, está usando uma armadilha noturna para capturar as mariposas e mapear a praga. O equipamento utiliza luz ultravioleta para atrair os insetos e já chegou a capturar mais de mil mariposas da espécie helicoverpa, de acordo com o produtor.>> Acesse o portal especial De olho na lagarta

Santos conta que há oito semanas sua rotina mudou. Quando chega no fim do dia, em vez de ir embora, ele permanece na propriedade para montar essa armadilha, na tentativa de mapear a quantidade de mariposas da  lagarta.

– O funcionamento da armadilha é muito simples. É uma luz negra e um recipiente com água e com uma fotocélula. Uma bateria é a fonte de energia – explica o produtor.

A armadilha é montada quase sempre às 18 horas, três horas depois, quando já está escuro, Santos volta para recolher e contabilizar a quantidade de mariposas presas neste recipiente. Por enquanto tem apenas uma armadilha para toda a propriedade, mas os resultados já animam o produtor.

– A primeira vez foi sem água no recipiente que faz a captura. Porém, não foi tão positivo. Três dias após, fizemos com água e teve uma melhora. Na terceira vez, coloquei óleo junto com água, e melhorou consideravelmente. Hoje está com um pouco de inseticida, mas a captura é muito boa. Já consegui capturar lagartas de várias variedades, sendo mariposas da falsa medideira, da militar, da helicoverpa e de outras também – destaca Santos.

O custo da armadilha pode variar, e o que mais encarece, de acordo com o produtor, é a bateria para manter a lâmpada acesa durante a noite. Depois das adaptações, ele não sabe dizer ao certo quanto está custando, mas afirma que o equipamento oferece economia, diante da eficiência. Outro gasto que ele está evitando é o da análise das mariposas. 

A armadilha foi analisada pelo entomologista e professor da Universidade de São, Sinval Silveira Neto. Ele foi um dos primeiros no Brasil a fazer os testes com esse tipo de armadilha. Na década de 1960, Silveira já utilizava o equipamento para o estudo de diversos insetos. Para o pesquisador a armadilha oferece vantagens no monitoramento, mas não deve ser considerada instrumento de controle de pragas.

– A gente determina se a espécie está ocorrendo, a época que está ocorrendo. Temos uma ideia se a população está aumentando ou diminuindo por número de indivíduos coletados. Mas não serve para controle. Essas mariposas já colocaram seus ovos e depois estão sendo capturadas. Vão se transformar em pupas e virar adultos, vão causar ataques e os danos vão ser do mesmo jeito – diz o pesquisador.

O produtor ainda está fazendo os testes para ver quantas armadilhas vão ser necessárias e qual a abrangência do experimento. Segundo ele, o próximo passo, vai ser definir qual a tecnologia usar no controle da praga e quais melhores formas de manejo da helicoverpa na próxima safra.

>> Leia mais notícias sobre helicoverpa

Clique aqui para ver o vídeo

Sair da versão mobile