Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Produtor de Mato Grosso investe no cultivo do pequi

Édemo Corrêa Lins planta 15 variedades do fruto típico do CerradoO produtor rural Édemo Corrêa Lins, de Mato Grosso, é um apaixonado pelo pequi, fruto típico do Cerrado e cujo consumo e comercialização são cada vez maiores. Tanto que o produtor transformou 50 hectares de sua propriedade de 90 hectares, localizada no município de Canarana, a 827 km de Cuiabá, em um grande "pequizal" com mais de 5 mil pés.

Há 16 anos, ele cultiva o fruto de forma consorciada com a pecuária e garante que o gado tem um ótimo desenvolvimento no pasto em meio às árvores. Pratica espaçamento entre as árvores de 12 metros e, depois de testar plantações exclusivas do pequi, começou a intercalar com outras espécies.

Por enquanto, comercializa o fruto em menor escala; seu foco é a produção e comercialização de mudas. Em 2008, plantou 3 mil pés de pequi e produziu 50 mil mudas vendidas para clientes do norte de Mato Grosso e de estados como Goiás e Minas Gerais, além de Brasília.

Ele conta que em sua propriedade, são encontradas cerca de 15 variedades do fruto, algumas delas ainda não catalogadas, como o pequi branco e o sem espinho, encontrado no Xingu, onde, segundo Édemo, está o melhor pequi do Brasil. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do Cerrado, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está fazendo um trabalho de pesquisa na propriedade para levantar as espécies e acompanhar o desenvolvimento e características das plantas.

Fruto da família das Caryocaraceae, o pequi (Caryocar brasiliense Camb) é uma árvore nativa do Cerrado brasileiro, cujo fruto é muito utilizado na gastronomia das regiões onde é encontrado, Centro-Oeste e nos estados de Rondônia, Minas Gerais, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Ceará, São Paulo e Paraná. Ele conta que já existe experimento de plantio em Santa Catarina.

Segundo Édemo, de 69 anos, a época da produção varia dependendo da região. Em Canarana, a colheita vai de outubro a dezembro e nas demais regiões do Estado; nas demais regiões do Estado ela ocorre entre janeiro e feveiro.

Ele garante que está registrando o pequi para evitar que outros registrem. E tem motivo para tanto zelo. Ao morar no Canadá, acompanhando a esposa que cursava doutorado, percebeu o quanto aquele país é pobre em termos de frutas ? são só três tipos, aponta ? e viu o quanto o Brasil é rico nesse aspecto e como damos pouco valor a muitas frutas que temos. Segundo Édemo, as pessoas dos outros países comem mais as frutas do Cerrado do que os brasileiros e cita algumas como o murici, jatobá e baru.

Hoje, Édemo já se tornou uma referência na divulgação e estímulo à produção do pequi, participando de eventos para difundir o plantio e o consumo.

Sair da versão mobile