Em cinco dias, 325 empresas fizeram demonstrações para se aproximar do produtor rural e garantir as vendas do ano. No entanto, agricultores e pecuaristas foram cautelosos e fizeram as contas na ponta do lápis antes das compras.
Um seminário internacional de agroecologia foi um dos últimos eventos da feira. Representantes da França e do Canadá foram conhecer os programas paranaenses de turismo rural, agroindústria e cultivo de florestas, dentro da parceira firmada com o governo do Estado. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel acompanhou a comitiva. Ele falou sobre o Pronaf Sistêmico, um novo modelo de financiamento para 100% da propriedade rural, que pode ser implantado na próxima safra.
? O ministério está elaborando o projeto de lei com o objetivo de viabilizar a propriedade como um todo para permitir que o produtor cresça ? disse o ministro Guilherme Cassel.
Os produtores aproveitaram o último dia da feira para avaliar as novidades que o mercado oferece para melhorar a propriedade. Mas o entusiasmo diminui quando o assunto é comprar. A voz corrente entre eles diz que falta dinheiro. Muitos afirmam que é preciso fazer as contas e esperar para ver o que vai acontecer este ano.
Pelo que se pôde sentir neste início de ano, o produtor rural está com as duas mãos no bolso. Por medo da falta de crédito, agricultores falam em investir menos até que a economia estabilize. Este pode ser um sintoma de como vai evoluir a atividade agropecuária no Brasil. As empresas não querem nem ouvir falar em crise. Para os organizadores da feira, os mais de 180 mil visitantes registrados nesta edição do Show Rural devem ser encarados como um bom sinal.