– Sem dúvida, o Plano Safra tem tido o crescimento gradual na oferta de crédito, mas cada vez menos o produtor tem acesso a ele – destacou.
O dirigente citou dados do Banco Central que mostram que entre a safra 2008/2009 e 2010/2011 houve uma redução de 32% nos contratos de crédito dos arrozeiros gaúchos. A Federarroz calcula que os produtores tenham um passivo de R$ 3 bilhões que precisa ser renegociado.
— O arrozeiro não tem condições de assumir esses custeios, pois tem o passivo que não foi resolvido. Esperamos que o governo agora entenda o problema. Se não resolver o passado, não teremos condições de absorver novos créditos fundamentais para que o arroz sobreviva no Rio Grande do Sul — afirma.
A opinião é compartilhada pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul), segundo o diretor administrativo da entidade, Francisco Schardong. Para ele, o volume de crédito é bom e dá atenção ao médio produtor, mas não resolve o difícil acesso aos recursos.
– A cultura mais tomadora de crédito no Estado é a do arroz, mas hoje só 34% dos produtores podem ter acesso a esses recursos – disse Schardong.
Para Rui Polidoro, presidente da FecoAgro, o plano é positivo e condensa as posições firmes do governo sobre a importância da agricultura para a economia do País. Polidoro destacou a elevação do crédito para as cooperativas, nas linhas Procap-Agro e Prodecoop, mas lamentou a redução tímida nas taxas de juros para capital de giro das cooperativas, de 9,5% para 9%.
– Os juros ainda estão acima da expectativa – disse.