Neste sábado, 12 de outubro, é comemorado o Dia do Engenheiro Agrônomo. A profissão é uma das responsáveis pelo patamar de liderança que o agronegócio brasileiro alcançou nas últimas décadas.
Produtores rurais que trabalham diariamente com a terra e que, por motivos variados, não conseguiram se profissionalizar, contam com esses especialistas para melhorar os seus resultados.
Exemplo disso é a produtora de morangos Rosana Aparecida Gabardo Pallu, de Mandirituba, no sudeste do Paraná. Ela começou a sua jornada no campo há pouco mais de cinco anos. Trabalhou por muitos anos como confeiteira, mas o verdadeiro sonho sempre foi o de se dedicar à produção agrícola.
Assim, a oportunidade de cultivar a fruta veio através do empenho pessoal, mas também graças à parceria com uma engenheira agrônoma.
“A parte da gestão é fundamental. Nós estávamos perdidos porque a mão de obra aqui é constante, dia a dia você trabalhando, sem tempo de parar e contar o que que você vendeu, o seu lucro. O agricultor não consegue fazer isso, eu não conseguia”, declara Rosana.
Salto na produção de morango
Com o direcionamento da engenheira agrônoma Vanessa Reinhart e de diversos outros profissionais, a propriedade de Rosana evoluiu rapidamente. Com isso, em 2021, a produção começou a crescer, contando com duas estufas, 10 mil pés de morango e uma produtividade de 12 toneladas do produto por ano.
A continuidade do auxílio técnico fez ser possível instalar mais duas estufas, levando a colheita média chegar a 18 toneladas por ano, ou seja, um aumento de 50% frente ao que era obtido inicialmente.
O crescimento exigiu maior organização administrativa. O apoio da engenharia trouxe mais eficiência para os negócios com planejamento e manejo sustentável das culturas, o que também trouxe maior rentabilidade à propriedade.
“Nós fazemos a nossa parte de plantar o morango, de colocar a mão na terra, e eles fazem a parte que eles estudaram para fazer. A parte deles aqui é fundamental. Eu só tenho a agradecer”, declara Rosana.
Encarar a propriedade como empresa
Vanessa, que também é coordenadora de assistência técnica do Sistema Faep, exalta a harmônia entre as funções.
“O produtor sabe produzir, sabe fazer os manejos, os tratos, mas se ele quer realmente avançar, se ele quer ter essa visão da propriedade como uma empresa e se ele quer ter essa melhoria na gestão, precisa ter um acompanhamento mais detalhado, mais próximo. Então o engenheiro agrônomo consegue ter essa visão macro da propriedade”.
A Rosana reforça a importância desse profissional. “Me ajudou muito, [agora] eu tenho clareza da parte de vendas, da parte de dinheiro. Eu tenho uma visão que eu não tinha antes. Sabia plantar, colher, mas não tinha visão do lucro, da parte financeira mesmo. Devo isso aos agrônomos que me orientaram para eu conseguir essa produção que eu tenho hoje em dia”.