Uma das mais antigas tradings de açúcar do Reino Unido, a Czarnikow disse que os fundos de hedge estão reduzindo sua exposição ao açúcar devido ao potencial limitado de lucro. A queda do preço para os níveis de custo deve desencorajar os produtores.
– Preços mais baixos do açúcar e uma maior oferta indicam que os agricultores vão ter de trabalhar mais para controlarem seus gastos após três anos de preços bons – disse o analista da companhia Peter de Klerk.
Apesar do retorno ao superávit de oferta, a Czarnikow aponta que o cenário global tem sido surpreendente, pois o recuo da produção no Brasil tem exigido uma complementação de outros países fornecedores. Isso causa incertezas para as refinadoras, disse a trading, pois muitas delas raramente trabalham com açúcar de outras origens.
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– Observamos uma ‘nova normalidade’, com o papel do Brasil em aparente declínio e o aumento da importância de outros exportadores – disse o diretor da Czarnikow, Toby Cohen.
No entanto, a Czarnikow afirmou que o mercado continuará focado no Brasil no curto prazo. Os custos de produção do país aumentaram em um momento de queda da produção, disse a Czarnikow, com o agravamento da situação devido à queda dos lucros do etanol em termos reais, consequência dos limites impostos pelo governo sobre os preços dos combustíveis.
As perspectivas para o açúcar indicam riscos substanciais, disse a trading, pois a estabilidade depende de um aumento das exportações da Tailândia e a necessidade de que a Índia seja um exportador estável. A Índia flexibilizou alguns procedimentos para os embarques do produto no início desta semana, logo após implementar regras mais apertadas. Essas mudanças repentinas de política estão gerando incertezas entre os compradores. A indústria exigiu que o governo permita exportações irrestritas para possibilitar uma margem de lucro melhor. As informações são da Dow Jones.
