Em menos de um mês, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Cunha, deve deixar o comando da entidade para se dedicar ao IBA. O instituto tem US$ 83 milhões em caixa – pagos pelos Estados Unidos para compensar os produtores brasileiros pelos subsídios oferecidos aos agricultores de lá. Os recursos serão aplicados em projetos que vão desde o controle de pragas até o incentivo ao consumo de algodão ? que caiu 5% nos últimos cinco anos. Para isso, a fibra ganhou uma marca, que, no futuro, deve aparecer nas etiquetas das roupas.
? A gente vai começar a desenvolver campanhas em outdoor, campanha em revista, campanha até na televisão pra levar as pessoas a observar e desejarem consumir algodão ? disse Cunha.
A iniciativa é lançada numa fase histórica dos preços e com previsão de aumento de produção. Quase 50% da próxima safra foram comercializados quando a cotação estava em US$ 0,75. Pouco tempo depois, a libra peso chegou a US$ 1, e outras 250 mil toneladas foram vendidas com um preço ainda mais atrativo.
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Apesar do bom momento, a valorização do algodão também preocupa. O temor é de que, assim como subiu de forma muito rápida, a cotação caia bruscamente, colocando em risco o cumprimento de contratos.
? É preocupante pela escalada com que isso está ocorrendo. No último mês, foi 32% de valorização na cotação de julho de 2011. Aí quando isso acontece sempre há um perigo, como aconteceu esse ano por exemplo que o produtor entregou o algodão pela metade do preço do que o mercado estava ? explica Haroldo Cunha.
