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– O preço está abaixo do mínimo. Existem regiões onde a pluma é cotada em R$ 48,50, como é o caso de Mato Grosso e Bahia – diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso.
Em 2014, o Brasil deve ter a segunda maior safra de algodão da sua história, que deve chegar a 1,600 milhão de toneladas. Os Estados Unidos também irão ter uma grande produção e estimam crescimento de 28%.
A superoferta que derrubou os preços deve mudar o cenário do agronegócio a partir do próximo ano. O presidente da Abrapa, que representa os produtores de algodão, acredita na redução de área plantada e na abertura de espaços para outros cultivos.
– Assim vamos ter mais espaço para outros cultivos. Acho que vai dar uma reduzida plantando mais soja e milho – diz Pinesso.
Já o analista de mercado e diretor da MBAgro, José Carlos Hausknecht, discorda com Pinesso.
– O problema este ano é que se está tendo redução de vários produtos como milho e soja, que também sofreram queda de preço – diz Hausknecht.
Com preços tão baixos, o produto pode ser atrativo para a indústria, que acaba recorrendo a outras opções para substituir o algodão. Segundo o analista, esta seria uma saída para diminuir a oferta.
– Com preços mais baixos, as indústrias poderiam optar pelo algodão, ao invés do poliéster ou outros tipos de fibras, por exemplo – conclui.
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