Produtores de algodão solicitam liberação para o uso do benzoato de emamectina no controle da helicoverpa

Agrotóxico é proibido no país pela Anvisa desde 2007Estados produtores de algodão, como Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, estão pedindo ao Ministério da Agricultura, a liberação do uso do benzoato de emamectina no controle da lagarta helicoverpa. O agrotóxico é proibido no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2007. Na Bahia, os produtores foram autorizados a utilizar de forma emergencial o produto, mas uma decisão da justiça suspendeu a aplicação.

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No Mato Grosso do Sul, o combate a helicoverpa armigera aumentou os custos da produção em R$ 500 por hectare. É o que explica o engenheiro agrônomo, Germeson Tunqueski.

– Não foi tão significativa como em outras regiões da Bahia. Mas nós tivemos a presença dela. No algodão a gente teve um custo maior na semente, no mínimo três aplicações para o controle da helicoverpa, mesmo em materiais transgênicos – disse Tunqueski.
 
Para os produtores de Goiás, as perdas provocadas pela praga atingem até 15% da área plantada.

– Teve um ataque generalizado, porém, moderado. Nó conseguimos controlar com as aplicações de acordo com a recomendação técnica – disse o agricultor Rubens Tonon.
 
Em Goiás, as associações de produtores de algodão já entraram com pedido oficial de liberação e importação do defensivo benzoato de emamectina, considerado um dos mais eficientes no combate a praga. Os agricultores querem que o agrotóxico já esteja disponível antes do inicio do plantio da próxima safra. O presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Luiz Renato Zapparoli, disse que a maior preocupação é a safra do ano que vem.
 
– Hoje a nossa grande preocupação é com o ano que vem. Nós já estamos seguindo com o mesmo caminho que foi adotado pela Bahia, que é buscar a liberação do benzoato. A grande vantagem dele é o baixo custo – disse.
 
Segundo o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), a liberação do defensivo é fundamental, já que a praga se reproduz em um curto espaço de tempo e tem um poder devastador. É o que explica o presidente do IBA, Haroldo Cunha.
 
– A lagarta é muito agressiva, ela está presente em todas as culturas e sem um produto de alta eficiência de controle, fica muito arriscado o produtor entrar na safra. Então, acho que o bom senso vai imperar e o governo vai liberar, sim – disse Cunha.
 
Tunqueski acredita que só o controle químico não é o suficiente.

– Várias ações são necessárias entre elas o vazio sanitário.  Só com o químico não dá para vencer a batalha – conclui.

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