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Produtores de alho comemoram a safra em Minas Gerais

Clima seco na época de colheita, entre julho e setembro, ajudou na qualidade do produtoA maioria dos produtores está preparando as sementes para a próxima safra. O clima seco na época de colheita, entre julho e setembro, ajudou na qualidade do produto.

? Este ano o clima foi muito bom para a produção de alho principalmente pós colheita o tempo se manteve firme. Bom para a qualidade de pele e coloração do alho ? diz o agrônomo Nario Hatasa.

Cinco municípios respondem por 84% da produção mineira de alho que está concentrada na região do alto Paranaíba. É onde estão os produtores mais tecnificados. Isso explica as boas médias de produtividade variando entre 15 e 17 toneladas por hectare bem acima da média nacional que não passa de oito toneladas por hectare.

Jose Freud mostra a qualidade do alho que produziu. Ele conseguiu superar a produtividade média, colheu mais de 18 toneladas por hectare. Com a produção garantida e o mercado desabastecido não teve dúvidas: segurou 15% para semente e vendeu o restante 30 dias antes do normal.

? Normalmente, a venda é feita no final de dezembro, e este ano terminamos no final de novembro. A remuneração da atividade é comum não tem nada de extraordinário. Se você pensar somente este ano, sim, pode achar que é um negócio extraordinário, mas na média ao longo dos anos isso ajudou a dar uma estabilidade apenas ? explica o produtor José Freud.

Minas Gerais responde por 25% da produção de alho do país, dividindo a liderança com o Estado de Goiás. A safra mineira acaba de ser finalizada. Os produtores comemoram os bons preços e já preparam as sementes para a próxima safra. O alho importando da China é ainda o maior desafio do setor.
O Brasil produz apenas 30% do que consome. O restante vem principalmente da China. Uma briga antiga. Existe uma taxação antidumping que vale até 2012 no valor de US$ 0,52 por quilo de alho chinês. Mesmo assim. as importações só crescem.

? A China é o maior produtor mundial e com isso ela tem um volume muito grande de produção. Mesmo com a instituição da tarifa antidumping, tem conseguido ganhar mercado no Brasil. Temos o custo de produção mais alto e logicamente com o custo mais alto. Sem a tarifa a nossa produção seria inviabilizada ? diz o produtor rural Jorge Kiryu.

O produtor explica que bastou uma queda na produção chinesa este ano para os preços subirem. No ano passado o melhor preço pago ao produtor brasileiro foi de R$ 4,50 pelo quilo. Nesta safra, o pico de preço passou de R$ 8. Isso serviu de estímulo, as previsões apontam para um aumento de 60% na área plantada do próximo ano. Uma preocupação a mais com a entrada de aventureiros que podem forçar os preços para baixo.

? O alho exige um investimento em estrutura pós colheita muito grande  isso pode trazer um insucesso principalmente para os novos produtores que  estão entrando no ramo e não estão preparados para receber todo este volume de produção e isso pode trazer danos aos mercados ? diz Kiryu.

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