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Produtores apostam em variedades especiais de arroz em São Paulo

Cultivares de alta qualidade oferecem maior lucratividade no mercadoVariedades especiais de arroz são a aposta de produtores do Vale do Paraíba, em São Paulo para aumentar a lucratividade. A ideia iniciou há cinco anos com um projeto do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e foi ampliada a partir do investimento do rizicultor Chicão Ruzene. Ele montou uma indústria, que atualmente processa e embala 18 toneladas por mês. O empresário revela que, após cultivar o grão do tipo agulhinha durante 30 anos, resolveu inovar, em função dos preços baixos pagos pelo produ

– Apareceu uma oportunidade quando o IAC colocou à disposição dos produtores um projeto de arroz especial, que fica no polo de Pindamonhangaba e eu me interessei. Fui o primeiro produtor a acreditar nesse mercado e comecei a produzir o arroz preto – relata.

A produção começou com uma pequena área experimental e cresceu significativamente, bem como a demanda, segundo Ruzene.

– Vimos que havia mercado para o vermelho e se trabalhou em cima para produzir. Depois, arbóreo integral. E assim para cada tipo de culinária – discorre.

Atualmente, são 200 hectares cultivados com sete tipos de arroz com cores, tamanhos e aromas diferentes. A novidade mais recente é o miniarroz. O grão tem menos da metade do tamanho comum.

Para que novos produtos cheguem ao mercado, é realizado um extenso trabalho de pesquisa e seleção. Em campo, são selecionadas amostras, que são levadas para um laboratório dentro da própria fazenda. A que apresenta melhor desempenho nos testes é multiplicada e volta a campo para ser produzida e depois comercializada em empórios e restaurantes de alta gastronomia, segundo a engenheira agrônoma Maria Oséas Ruzene.

– Eu quero um grão que tenha aroma, por exemplo, então vou escolher o grão que tenha aroma e que também seja produtivo – explica.

A produtividade do arroz especial, no entanto, não passa de três toneladas por hectare, enquanto variedades como agulhinha rendem oito toneladas. A grande vantagem para o agricultor está no preço. O proprietário de uma casa de pães em Pindamonhangaba, São Paulo, José Francisco Rezende, conta que comercializa o pote de meio quilo do produto especial a uma média de R$ 13,00. Já três quilos do agulhinha são vendidos por até R$ 6,00.  

– Existe um público fiel. Ele está procurando a qualidade em termos de sabor e valor nutricional, porque vem atrás desse produto. Não está procurando o mais barato ou mais caro. Hoje, por incrível que pareça, ele tem uma saída, às vezes, maior que o arroz tradicional – afirma.

Ruzene recebe produtos de 10 agricultores do Vale do Paraíba em sua indústria e pretende expandir os negócios.

– Essas são vantagens que a região tem. Produtores com áreas pequenas e alta tecnologia para fornecer esses produtos – aponta.

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