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Produtores de arroz esperam a abertura de novos mercados

Brasil alcançou um recorde histórico no volume do grão enviado para fora do paísO Brasil exportou 1,1 milhão de toneladas de arroz nos primeiros sete meses do ano comercial 2011/2012, que começou em março. É um recorde histórico no volume do grão enviado para fora do país. Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio animam os produtores que esperam a abertura de novos mercados.

O produtor Marco Aurélio Tavares comemora a qualidade do arroz produzido no litoral gaúcho. Ele planta 220 hectares no município de Santo Antônio da Patrulha. E a lavoura tem produzido 66% dos grãos inteiros, enquanto a média do Estado fica em 58%. O produtor acredita que o aumento das exportações pode abrir caminho para a venda de mais arroz branco em um espaço dominado pelos parbolizados.

? O que se nota este ano também é que o arroz branco já representa de 20% a 25% do total de beneficiado que atingiu 65% até agora neste ano. Isso é um nicho importante, principalmente porque a própria cadeia produtiva, a própria indústria investiu muito na parbolização e é um mercado que é limitado. E o arroz branco não, tem um mercado potencial maior e aí evidentemente que tem possibilidade de cobrir um raio de ação no Rio Grande do Sul maior do que basicamente só o arroz parbolizado ? relata o produtor.

Os principais destinos do arroz brasileiro são países da África, como Nigéria e Senegal. A indústria trabalha agora junto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para abrir novos mercados no exterior.

? Nós firmamos um convênio com a Apex. Estamos desenvolvendo um projeto para participarmos de feiras no mundo inteiro e levarmos a nossa qualidade, o nosso arroz, o nosso produto a estes mercados. E a gente até se surpreende com países em que se consome arroz ? comenta o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz (Sindarroz), Helio Coradini.

Para o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), é provável que a previsão da Conab para as exportações, de 1,3 milhão de toneladas no ano comercial, seja ultrapassada mesmo que ocorra uma desaceleração a partir de agora.

? Ainda faltam cinco meses de comercialização. A média está em torno de cem mil toneladas por mês. Já embarcaram 1,1 milhão. Tem contratadas a partir de PEP [Prêmio de Escoamento de Produto] 1,4 milhão de toneladas, perto de 1,5 milhão de toneladas. Então acreditamos que devemos passar este número de expectativa da Conab ? conta o presidente do Irga, Cláudio Pereira.

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