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Produtores de arroz protestam no Rio Grande do Sul

Arrozeiros do Estado pedem prorrogação de dívidas para o final de outubroProdutores de arroz protestaram nesta terça, dia 10, no Rio Grande do Sul. Em Dom Pedrito e outras cidades produtoras do Estado, os arrozeiros entregaram nos bancos pedidos de prorrogação de dívidas, que somam R$ 3 bilhões, para o final de outubro.

Presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha explica que o problema consiste nas constantes crises do setor. Nos últimos 22 anos, a produção deu prejuízo em 15. Além dos problemas climáticos, os preços são baixos e os custos de produção altos. Em 2012 a produção gaúcha de arroz chegou a sete milhões de toneladas, contra nove milhões de 2011.

— O volume produzido no país é capaz de abastecer o mercado interno. Mas a Argentina aumentou 90% a produção dela, o Uruguai aumentou 50% e o Paraguai aumentou 300%, nos últimos sete anos. E o custo de produção deles é infinitamente menor. Com isso, vendem arroz para cá por um preço menor — explica Rocha.

O Brasil é o país que tem o maior custo de produção no Mercosul, com média de R$ 25,00 por saca. Na Argentina, Uruguai e Paraguai o valor cai para aproximadamente R$ 18,00.

O refinanciamento de R$ 3 bilhões gastos no cultivo da última safra também foi pedido ao Ministério da Agricultura. A medida, aliada à prorrogação dos prazos de financiamentos que vencem agora, faria com que produtores quitassem compromissos mais urgentes, evitando a exclusão dos cadastros de crédito rural.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) diz estar avaliando a questão.

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