Segundo o presidente do Sindicato Rural de Tapes (RS) e integrante do Movimento Te Mexe Arrozeiro, Juarez Petry, o protesto será realizado na aduana de Uruguaiana (RS), seguido de uma assembleia geral da categoria. O motivo do protesto é a falta de competitividade do produto da região com relação ao grão que ingressa no país pelo Mercosul.
? Queremos a suspensão da entrada de arroz do Mercosul por seis meses, para a rediscussão do tratado do Mercosul que nos impõe custos mais altos, além da suspensão do pagamento dos financiamentos pelo mesmo período, para que os produtores possam se reorganizar financeiramente ? afirmou.
Medidas
Nesta segunda, dia 16, o governo federal anunciou que os mecanismos de comercialização divulgados em março deverão sair do papel até o final da semana, mas as medidas não satisfazem todos os pedidos dos produtores. Foi prometida a autorização de R$ 360 milhões nos contratos de opção público e privado, o que estimularia a elevar o preço do grão, deprimido pela concorrência estrangeira e pelos estoques.
Dentre as medidas anunciadas pelo governo federal ao secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, ainda não divulgadas até agora, estão uma nova oferta de Prêmio de Escoamento da Produção na ordem de 1 milhão de toneladas e a formação de um mutirão de técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para acelerar o credenciamento de armazéns no Rio Grande do Sul e, com isso, possibilitar a conclusão do processo de Aquisição do Governo Federal (AGF), um dos principais mecanismos de comercialização.