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Produtores de arroz do Rio Grande do Sul iniciam mobilização pela defesa do setor

Arrozeiros calculam que prejuízos com a última safra alcancem R$ 1,6 bilhãoProdutores de arroz do sul do país calculam que os prejuízos com a última safra cheguem a R$ 1,6 bilhão. Nesta segunda, dia 20, eles iniciaram uma mobilização política pela defesa do setor em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

O encontro aconteceu na Assembléia Legislativa do Estado. Deputados estaduais, federais e prefeitos ouviram o desabafo de quem sofre, principalmente, por causa do baixo preço pago pelo produto.

? A gente teria que trabalhar dentro de um preço real. Hoje, a gente trabalha, colhe e tem que vender arroz entre R$ 18 e R$ 20, sendo que tem um custo de R$ 28,29. Não tem como o produtor se manter na agricultura e honrar seus compromissos ? disse Alex Sandro da Silva, produtor rural.

De acordo com os produtores, a lavoura de arroz acumula perdas há mais de duas décadas. Dos últimos 21 anos, 14 foram de prejuízo. A crise se agravou ainda mais em 2010.

? Nós tivemos uma quebra de produção no ano passado em função do clima, culminou também com uma queda de preços, um pouco menos acentuada que este ano, mas de forma que já teve um prejuízo da ordem de 60 mil empregos em razão da quebra de safra no ano passado ? falou Renato Rocha, presidente da Federarroz.

Os arrozeiros elaboraram uma lista de medidas emergenciais que foram entregues às autoridades.

? Uma das solicitações é justamente o governo dar atendimento na retenção da entrada de produtos que nós não precisamos mais e na exportação de excedentes, ou seja, fazer com que existam mecanismos práticos, objetivos, de exportação do produto excedente e de retenção do que está entrando sem necessidade ? observou o deputado estadual Frederico Antunes (PP-RS).

Os produtores pedem ainda que o governo adie o vencimento dos financiamentos agrícolas de 2011 para o dia 31 de outubro. Eles também querem a liberação para compra de insumos e máquinas nos países do Mercosul e a aplicação no arroz importado do mesmo regime de impostos aplicado no arroz nacional. Outro pedido é agilizar o escoamento da doação das 500 mil toneladas, recentemente aprovadas, abrindo espaço em armazéns credenciados.

A crise no setor arrozeiro não se restringe só ao campo. Segundo os prefeitos que participaram do encontro, o problema pode ser sentido também no comércio das cidades que ficam próximas às regiões de plantio.

? A gente já percebe dificuldades hoje, inclusive as lojas tendo um fluxo menor, um movimento menor no comércio em geral. Oficina mecânica, as revendas autorizadas, a gente percebe o reflexo negativo em função dessa crise que vem assolando o setor arrozeiro ? disse Ernesto Molon, prefeito da cidade de Camaquã.

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