O município de Turvo é conhecido como a capital do arroz e da mecanização. É uma das principais regiões produtoras do Estado, com 10.300 hectares de lavouras de arroz.
Todas as áreas plantadas são irrigadas, o que se torna um problema em períodos de seca, quando falta água para o abastecimento. O presidente do Sindicato Rural de Turvo, David Tomazi Tomaz, afirma que não é normal a escassez de chuva nesta época.
A propriedade de Ademir Cadorin, um dos grandes produtores da região, conta com 100 hectares de arroz. Segundo ele, “não chove bem” há um mês, o que seria equivalente a 50 ou 70 milímetros pelo menos.
A última safra foi proveitosa na região. Os produtores chegaram a ganhar R$ 42,00 pela saca, valor considerado bem acima da média. O arroz deste ciclo foi plantado em setembro. Se chover, em cerca de dois meses começam a surgir os grãos.
A preocupação dos produtores de Turvo e da região é que o tempo não estrague a safra. A estimativa é de que a produtividade chegue a 150 sacas por hectare e que os preços também não caiam tanto como nas últimas safras.
No ano passado, Cadorin chegou a vender a saca de arroz até por menos metade do que conseguiu nesta safra. Os dois últimos anos foram ruins, com preços abaixo de R$ 20,00 a saca.
A colheita deve ser feita entre o final de fevereiro e o início de março. A previsão econômica ainda depende muito do tempo nos próximos 15 dias.