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Produtores associados a cooperativas podem ter ganhos 44% maiores do que agricultores independentes, segundo especialistas

Modelo de negócios é apontado como a solução para pequenos e médios produtores conseguirem concorrer com as grandes empresas do setorReduzir os custos na compra de insumos, ampliar o poder de barganha e a rentabilidade. Estas são algumas vantagens do cooperativismo agrícola, que cada vez mais chama a atenção dos produtores de soja em Mato Grosso. A classe produtora quer estimular o desenvolvimento deste modelo de negócios, apontado como a solução para pequenos e médios agricultores conseguirem concorrer com as grandes empresas do setor.

A Aprosoja quer incentivar o cooperativismo através de um programa de fomento e intercâmbio de cooperativas de produtores. A ideia é mostrar que a união pode fazer a diferença. Os ganhos para os cooperados chegam a ser 44% maiores do que os dos agricultores independentes. Em um seminário realizado em Sorriso, o professor da Universidade norte-americana de Missouri, Fabio Chaddad, destacou que o modelo evoluiu nas últimas décadas e enumerou os pontos fundamentais para o sucesso de uma cooperativa nos tempos modernos.

– Primeiro ponto: gestão operacional. Cooperativa tem que ser bem gerida, bem administrada, com profissional capacitado para isso. Segundo: envolvimento do produtor, capital social, relação de confiança e transparência. O terceiro é governança, para garantir que cooperativa gere resultados e distribua estes resultados também.

O produtor rural Arlindo Cancian, de Canarana (MT), participou do encontro e ficou ainda mais interessado em participar da criação de uma nova cooperativa naquela região.

– Nós já tivemos um grupo e acabou por outra razão não dando certo. Hoje estamos procurando ver de que maneira podemos formar cooperativas, grupos, de que forma vamos poder agregar valor para comprar melhor e vender melhor – disse Cancian.

Em Sorriso (MT), a Cooperativa Agropecuaria Terra Viva (Cooavil) é o resultado da união de 22 produtores que há seis anos transformaram em realidade um sonho coletivo: criar uma cooperativa para diminuir as dificuldades e as despesas com armazenagem de grãos e ainda conseguir vantagens na comercialização em escala. Trata-se de uma estrutura ampla, com capacidade para estocar mais de um milhão e meio de sacas de soja.

Outro exemplo é a Cooperativa Agropecuária e Industrial Celeiro do Norte (Coacen), em que os 140 associados também têm benefícios com as vendas em grupos e ampliam os resultados através da compra coletiva de insumos.

Estas duas histórias mostram que o cooperativismo agrícola pode sim ser muito vantajoso. Para as lideranças do setor, a formação de novas cooperativas de produtores é um dos caminhos mais viáveis para que os pequenos e médios agricultores consigam sobreviver em uma atividade cada vez mais competitiva. Porém, por enquanto, o número de sojicultores envolvidos neste modelo de negócios ainda é considerado pequeno em Mato Grosso.

Na safra 2010/2011, apenas 13% dos produtores de soja participavam de cooperativas. Juntos, eles plantavam 26% das lavouras do grão. Já na cultura do algodão, por exemplo, 57% da área cultivada na época pertenciam a agricultores cooperados. Para a associação que representa os produtores de soja, é hora de mudar esta realidade e também colher as vantagens do cooperativismo.

– Com o cooperativismo, se ganha na escala, nas oportunidades, na redução de carga tributária. É a oportunidade que os agricultores têm de ter competitividade com os grandes. Entendemos que é melhor caminho – diz o presidente da Aprosoja-MT, Carlos Fávaro.

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