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Produtores atentos garantem mais recordes para a soja

Saiba o que os sojicultores fizeram no primeiro semestre e farão no segundo para garantir altas rentabilidades no ano.

Daniel Popov, de São Paulo
A previsão de uma safra de soja um pouco menor do que o esperado, 95,5 milhões de toneladas, em 2015/2016, queda de 0,7% ante a anterior, não impediu que a oleaginosa continuasse a acumular recordes de comercialização para o Brasil. Depois de registrar embarques históricos ao exterior no primeiro semestre, a expectativa agora é que os preços mais compensadores do mercado interno atraiam a atenção dos produtores. Com isso o pais deve registrar o esmagamento do maior volume de soja de todos os tempos em um ano, 41,4 milhões de toneladas, alta de quase 2% na comparação com o ano passado.

No primeiro semestre, os preços da soja no mercado interno já estavam levemente mais altos que os registrados no mercado internacional, entretanto a boa competitividade do país frente aos concorrentes, naquele momento, fez com que as vendas ao exterior virassem prioridade. Com isso, os produtores garantiram o escoamento de 38,5 milhões de toneladas, um recorde para o período. “Os produtores conseguiram escoar quase toda a safra a um preço muito interessante”, conta Herlon Brandão, diretor do Departamento de Estatísticas e Apoio à Exportação da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior (Mdic). “Se tivessem guardado um volume maior para o segundo semestre, talvez o Brasil não conseguisse concorrer com a safra americana.”

Depois dos bons resultados conquistados na primeira metade do ano, resta ao produtor escolher o que fazer para escoar o restante de sua produção neste segundo semestre. Segundo a coordenadora de inteligência de mercado da INTL FCStone, Natália Orlovicin, diante da ainda aquecida demanda interna pelo grão, puxado principalmente pelas esmagadoras, os preços no país se sustentaram em patamares mais altos que os internacionais. Com isso, o ideal é o produtor aproveitar para vender a soja que sobrou. “A partir de maio, mesmo com a subida dos preços na Bolsa de Chicago (CBOT), que deixariam o produto americano mais caro, os preços domésticos do pais também subiram. Além disso, a moeda brasileira se valorizou, reforçando a perda de competitividade do Brasil”, comenta Orlovicin.

Em maio, os preços da soja vendida ao exterior estavam 8% menores que os praticados no mercado interno. Em junho, a diferença caiu para 5% e em julho os preços estavam praticamente iguais, o que ainda favorece a venda por aqui. “Por isso acreditamos em uma redução das exportações brasileiras no segundo semestre, que devem ser supridas pelos Estados Unidos. Os preços no mercado interno estão muito mais atrativos para o produtor”, garante a coordenadora da INTL FCStone.

Se a estimativa da consultoria para a venda de soja em grão no ano estiver correta, o Brasil terá apenas 27,4% da sua safra para vender nestes últimos seis meses do ano, ou seja, 14,5 milhões de toneladas. Isso porque, a INTL FCStone prevê que as vendas totais de soja em grão chegarão a 53 milhões de toneladas neste ano, que representaria uma queda de 2,3% quando comparado as 54,3 milhões de toneladas de soja em grãos exportadas no ano passado.

O Mdic também acredita em vendas externas mais lentas para o final deste ano, entretanto a perspectiva é que o total dos embarques fique igual ao registrado em 2015, ou levemente acima. “ Este será um ano de boa rentabilidade para o produtor, que soube exatamente como negociar sua safra”, finaliza Herlon Brandão, do Mdic.

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