As intensas chuvas que assolaram a região de Santa Maria, centro do Rio Grande do Sul, entre o final de abril e o dia 13 de maio, desencadearam uma devastação generalizada, afetando tanto áreas urbanas quanto lavouras de soja e outras culturas.
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Segundo informativo da Emater/RS, os impactos foram catastróficos, com casas inundadas, deslizamentos de terra, colapso de postes e bueiros, interrupções no fornecimento de energia e água e o isolamento de comunidades devido à destruição de estradas e pontes.
A situação foi tão grave que a maioria dos municípios declarou estado de calamidade pública.
O assistente técnico da regional, Luís Fernando Rodrigues, disse que a infraestrutura rural também foi duramente atingida, com danos a casas, galpões, silos e outras estruturas produtivas.
Os municípios de Agudo, Paraíso do Sul, Cachoeira do Sul, Restinga Seca e Santa Maria foram particularmente afetados pelas enchentes. Não há previsão concreta do retorno à normalidade na região.
Cerca de 85% da área total de soja, aproximadamente 1,057 milhão de hectares, já foi colhida, embora parte dessas lavouras tenha sido perdida.
“Tivemos um dia e meio na semana passada quando foi possível colher. A qualidade dos grãos deixou muito a desejar, com sinais de deterioração. Alguns agricultores podem optar por não colher as áreas que restaram, considerando que não será vantajoso”, relatou.
A expectativa inicial de produtividade era de 3.269 quilos por hectare, porém, após as enchentes, o número caiu 18%, para 2.665 quilos por hectare. Rodrigues estima que, com o término da colheita nos próximos dias, essa perda pode se agravar ainda mais.