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Produtores de aveia apostam na qualidade do produto brasileira em encontro da Embrapa

Há mais de 30 anos, universidades e centros de pesquisa trabalham com melhoramento genético da culturaMuito espaço para crescer no Brasil. Estamos falando da aveia, importante não apenas para ração e pastagens, mas também com demanda cada vez maior para o consumo humano. Esta semana a cultura foi tema de um Encontro Nacional de Pesquisadores e Indústrias, promovido pela Embrapa em São Carlos, interior de São Paulo. A proposta do setor é apostar na qualidade da aveia brasileira. Nesta quinta, dia 8, no encerramento do encontro, foram lançadas sete novas cultivares.

Na região de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, já é tempo de semear as lavouras de aveia. A cultura é considerada de baixo custo e boa produtividade, uma alternativa na região, segundo a Emater.

Mas para que o produtor aumente os lucros, é necessário investir não apenas em quantidade, mas na qualidade do cereal. O assunto foi discutido esta semana na reunião técnica realizada pela Embrapa, no interior de São Paulo.

Há mais de 30 anos, universidades e centros de pesquisa vêm trabalhando com melhoramento genético da aveia. No início, os estudos buscavam mostrar que a cultura era viável no país. À medida que mais produtores foram adotando, a pesquisa evoluiu. Variedades cada vez mais produtivas chegaram ao campo.

De uns anos pra cá, a pesquisa voltada para aveia ganhou um novo enfoque. Na verdade, uma demanda da indústria, que vem buscando variedades com qualidade nutricional cada vez maior. A principal busca, hoje, é por ampliar o teor de beta-glucana na aveia. A fibra responsável pelo grande diferencial do produto: a capacidade de reduzir o colesterol.

Durante o encontro em São Carlos, a Embrapa confirmou que devem ser lançadas ainda este ano sete novas cultivares de aveia. Foram testadas no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Além da resistência a doenças, o foco das novas cultivares é justamente melhorar a aveia destinada ao consumo humano.

? Nós estamos tentando, junto com a indústria, desenvolver materiais com baixo teor de lipídio, que se conservem mais na prateleira e tenham maior teor de beta-glucana ? disse o professor de reprodução de plantas da UFRGS, Luiz Carlos Federizzi.

? Além das características agronômicas das aveias existentes, daqui pra frente possivelmente nós possamos lançar novas variedades com características industriais melhoradas também ? afirma o coordenador da Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia.

A indústria reconhece a importância desses esforços, mas lembra que, para ampliar o consumo do cereal, também é preciso trabalhar a legislação. Thomaz Setti é diretor de uma indústria paranaense que processa 45 mil toneladas de aveia por ano, a SL Alimentos. Ele conta que a Anvisa já reconheceu o produto como alimento funcional, mas que a própria agência acaba dificultando a divulgação desse benefício ao consumidor.

Apesar dos desafios na cultura, a Conab prevê para este ano um aumento de 10% na área plantada com aveia. A produção no Brasil deve chegar 236 mil toneladas. Cerca de 90% da produção tem origem no Rio Grande do Sul e no Paraná.

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