Para chegar ao arroz ideal, foram, em média, sete anos de pesquisa. O riziculotor José Francisco Ruzene, produtor de Pindamonhangaba, no interior paulista, investiu em arroz especial e explica que esse tipo de grão tem ciclo menor e é mais sensível.
Da plantação, o arroz de Ruzene vai direto para a fábrica. Depois de ser descascado e selecionado, o arroz preto é embalado a vácuo, o que conserva o grão por mais tempo e com mais qualidade. Na fábrica, são produzidas 300 toneladas do produto, mas ao todo, a empresa comercializa 10 tipos diferentes e cerca de 600 toneladas por ano. Através da embalagem, é possível ver que o produto é diferenciado.
Os tipos de arroz especiais mais conhecidos são basmati, cateto, jasmine, arborio, mini, além das versões integrais. Os restaurantes são os principais compradores, mas, aos poucos, o arroz integral vai ganhando o mercado externo. Ruzene conta que exportou arroz para a França e já tem participação confirmada em uma feira nos Estados Unidos para expor o produto.
Na panela, é fácil perceber porque o arroz é chamado de especial. O colorido nos pratos resulta em um efeito que instiga o paladar. Em Tremembé, no Vale do Paraíba, a Festa do Arroz tem a proposta de mostrar que arroz não é tudo igual e de que é possível fazer variadas receitas com o grão na cozinha.
A organizadora da feira, Marisa Amaral, destaca que o arroz especial é uma opção de renda para o produtor que tem dificuldades de produzir o arroz branco, além de ser ideal para criação de pratos diferentes e muito saborosos.