Em troca do reconhecimento da cachaça, o governo brasileiro publicou decreto no final de março definindo o bourbon e o tennessee whiskey como destilados de origem exclusiva dos Estados Unidos. Segundo Vicente Bastos, com o aval para vender cachaça como produto exclusivo nacional, o próximo passo é tornar o destilado popular entre os norte-americanos. A cadeia produtiva da bebida ainda é pequena e ela não é conhecida em larga escala fora do Brasil.
– Quem conhece [a cachaça], no máximo ouviu falar de caipirinha. É preciso promovê-la, fazê-la conhecida, investir em divulgação – diz.
Segundo Bastos, a produção de cachaça emprega em torno de 600 mil pessoas no país e exporta em torno de US$ 20 milhões anuais. O Ibrac ainda não tem projeções de quanto as vendas externas podem aumentar com o reconhecimento dos EUA.
Atualmente, o Decreto n° 4.062/2001 regulamenta a produção da cachaça brasileira e a fiscalização das unidades fabricantes é feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com Vicente Bastos, o setor privado discute a possibilidade de criar um Conselho Regulador formado por associações e produtores para reforçar as garantias de qualidade.