A chuva marcou presença no primeiro dia do seminário, mas ninguém reclamou. Os produtores rurais, que há seis meses enfrentam a seca, no Rio Grande do Sul, vieram em busca de conhecimento para enfrentar as estiagens prolongadas sem perder a produtividade. Isso é possível, segundo o gestor técnico da Cooplantio, Dirceu Gassen.
— Nós devemos e precisamos melhorar o processo de armazenagem e ciclagem, melhorar a forma de fazer agricultura, melhorar a cobertura de solo. Não é aceitável que no outono não tenha cobertura de solo cultivada para construir raízes e produzir palha, que é o sistema que intercepta gota d´água quando cai, não compacta a superfície de solo e as raízes permitem a infiltração — diz Gassen.
Cerca de 1,2 mil pessoas participam do seminário, 80% são produtores rurais.
— O maior insumo para a produção é o conhecimento e ele faz parte de qualquer gestão, até porque administrar é saber colocar em prática o conhecimento. Se você não tem esse conhecimento, você vai nas tentativas e erros. E é o que a gente vê. Muitas vezes o que divide uma propriedade é a cerca e a produtividade em um lado dessa propriedade é espetacular e no outro é um desastre ou muito aquém do necessário. Então, o que muda isso é o conhecimento — explica o presidente da Cooplantio, Daltro Benvenuti.
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Segundo o coordenador de agronegócio José Luiz Tejon, tecnologia, ciência e previsão do tempo estão disponíveis para uma boa gestão das propriedades. mas a sociedade agropecuária precisa melhorar as formas de comunicação com a sociedade urbana.
— Agricultores no mundo inteiro têm que ser preservados, protegidos e precisamos entender que a responsabilidade social do mundo para os próximos 15 anos, 20 anos, passa por aumentar o contingente de seres humanos trabalhando na agropecuária e não diminuição. Então acho que a situação que vivemos hoje ela exemplifica muito bem a necessidade desse agroconhecimento — afirma Tejon.
A 27ª edição do Seminário Cooplantio segue até o dia 13 de junho.
