? Nossa crença está ancorada em passos dados anteriormente por Jonathan sobre a cultura, o que incluiu o estabelecimento de uma comissão para acompanhar o processamento de cacau no país, e seus conselhos durante o debate presidencial que precedeu a eleição ? disse o analista da Associação de Cacau da Nigéria (CAN, na sigla em inglês), Robo Adhuze.
Em debate televisionado realizado neste mês, Jonathan disse que “devemos olhar para onde temos força comparativa e desenvolver os produtos agrícolas nessa linha; no sudoeste da Nigéria devemos ser um líder na produção de cacau”.
Adhuze comentou que o setor quer que Jonathan dê ao cacau um tipo de atenção e prioridade que recebeu durante o mandato do ex-presidente Olusegun Obasanjo, e que perdeu força desde 2007, quando Obasanjo deixou o cargo.
Adhuze defendeu que o governo de Jonathan deveria fornecer fertilizantes adequados para o plantio de cacau.
? A produção da Nigéria pode aumentar de 40% a 70% durante um período de cinco anos, se usarmos fertilizantes como Gana, que aumentou sua produção de cacau por meio do uso de fertilizantes ? disse.
Jonathan, que como Obasanjo é filiado ao Partido Democrático do Povo (PDP), não delineou sua política para o cacau, mas deu alguns passos encorajadores, segundo uma autoridade da Comissão de Desenvolvimento Nacional de Cacau (NCDC) – criada por Obasanjo em 1999. Em julho de 2010, Jonathan estabeleceu uma comissão interministerial sobre o processamento de cacau no país, de acordo com a autoridade.
A comissão, que envolve ministros de agricultura, comércio, finanças e o Banco Central da Nigéria, observou os problemas que o setor de processamento de cacau enfrenta e apresentou um relatório com recomendações em janeiro.
? Não recebemos um retorno ? disse o presidente da Associação de Processadores de Cacau da Nigéria, Akin Olusuyi.
No entanto, os processadores já estão prontos para deixar o presidente ciente de suas preocupações, antes que ele seja empossado para um novo mandato de quatro anos, em 29 de maio.
? Gostaríamos que o governo oferecesse abastecimento com energia elétrica para produção. O custo da energia é tão alto que nossos produtos não são competitivos ? reclamou Olusuyi.
A Nigéria é o quarto maior produtor mundial de cacau, depois de Costa do Marfim, Gana e Indonésia. Processa cerca de 20% a 25% da produção anual de cacau. As informações são da Dow Jones.