O clima seco há mais de 10 dias em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, trazem preocupações aos produtores, que já cogitam perdas de produtividade nas lavouras, segundo o departamento técnico da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo).
De acordo com o engenheiro-agrônomo Winícius Eduardo Lima Leão, a situação das lavouras preocupa, não somente pela falta de chuva, mas devido às elevadas temperaturas.
“As lavouras que estão em floração já sentem o calor e a falta de umidade e acabam abortando. Mesmo as lavouras em crescimento vegetativo não conseguem se desenvolver conforme o esperado”, diz ele.
No momento, cerca de 30% dos 360 mil hectares plantados estão em floração e 70% em crescimento vegetativo.
Leão comenta que o produtor espera o retorno das chuvas em breve, seguindo as previsões.
“As lavouras estão precisando muito de umidade neste momento. Na sexta-feira a previsão é de que as precipitações se intensifiquem na região, se estendendo na semana que vem também”, afirma ele.
Até o momento, a produtividade média esperada para a soja segue em 3.720 quilos por hectare.
O mais recente levantamento da consultoria Safras & Mercado estima uma área cultivada para o estado de Goiás de 3,795 milhões hectares de soja na safra 2020/2021, alta de 3,4% ante os 3,670 milhões de hectares registrados na safra anterior (2019/2020).
Até o dia 27 de novembro, cerca de 88% da área no estado havia sido plantada, contra 85% no mesmo período do ano passado. A média normal para o período é de 91,4%.
A produção deverá atingir 13,594 milhões de toneladas, 0,1% acima das 13,584 milhões de toneladas colhidas na safra 2019/2020. O rendimento médio deve ficar em 3.600 quilos por hectare, abaixo dos 3.720 quilos colhidos na temporada passada.