Durante a Caravana Soja Brasil pelo município, o manejo de lavouras com a tecnologia Bt foi destaque entre os agricultores
O refúgio para a tecnologia Bt foi um dos destaques da passagem da Caravana Soja Brasil por Rondonópolis, em Mato Grosso. Por lá, muitos agricultores estão fazendo o manejo corretamente, justamente para não colocar em risco a resistência a lagartas que a tecnologia oferece.
Outro fator positivo também está no campo. A qualidade das lavouras deve garantir uma boa produção. O segredo está nos investimentos.
– A região sul do estado é mais antiga, aqui nós temos produtores que passaram por diversas experiências, que já sobreviveram a crises. Então é um produtor que sempre busca novas tecnologias, busca investir para ter bons resultados, que sejam consistentes e sustentáveis – afirma o delegado da Associação dos Produtores de Soja e Milho do estado (Aprosoja-MT) Eduardo Tomczyk.
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Visitamos uma propriedade da região que cultivou 6600 hectares. O responsável técnico da fazenda Everton Appelt explica o desenvolvimento da lavoura.
– No começo de dezembro choveu bem, já no final foi seco e alguns talhões sentiram. Durante o mês de janeiro, choveu praticamente quase todos os dias, a chuva normalizou para nós agora em janeiro. A expectativa é colher acima de 50 sacas, a média deve ser esta – comenta.
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O otimismo com a safra tem a ver com os investimentos na propriedade. Uma das apostas é a variedade Bt, ou RR2, que ocupa este ano 50% da área plantada. Para garantir o bom resultado, o manejo precisou ser diferente e levado muito a sério. Tudo para não perder a tecnologia.
– Nós fazemos os 20% da área com refúgio, a gente tenta salvar a tecnologia e estender por mais tempo, porque dá uma tranquilidade dentro da fazenda. Nessas épocas que tem muito ataques de lagartas, essa área fica bem mais tranquila, e o refúgio é para você por mais tempo a tecnologia no mercado. Um grande exemplo aí é o milho, que perdeu diversas tecnologias – argumenta Appelt.
O alerta sobre a importância do refúgio para a tecnologia Bt foi um dos temas das palestras da Caravana Soja Brasil em Rondonópolis.
– A ideia do refúgio é justamente que o agricultor resguarde o investimento que ele está fazendo na tecnologia. Se ele não aderir ao refúgio, o produtor vai perder todo o benefício da tecnologia, como a produtividade e a proteção contra as principais lagartas – explica Ana Paula Luques, representante de campo da Monsanto, empresa detentora da tecnologia.
– A gente tinha informação sobre refúgio, já faz seis anos que plantamos milho Bt e sempre plantamos com refúgio, então a gente cuida bastante. Mas são informações que vou levar para a casa – comenta o produtor rural Airton Schneider, que acompanhou o dia de capacitação oferecido pelo Senar-MT.
