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Produtores de MT denunciam que estão sendo obrigados a deixar as terras

Quadrilhas supostamente formadas por integrantes de grupos sociais teriam como integrantes servidores públicos ligados ao IncraProdutores rurais do extremo norte de Mato Grosso estão sendo ameaçados e obrigados a deixarem suas terras a força por quadrilhas supostamente formadas por integrantes de grupos sociais. Servidores públicos ligados ao Incra estariam liderando estes grupos. O Ministério Público Federal denuncia o órgão por negociar a reforma agrária no Estado e o Incra pede ajuda da polícia federal nas investigações na busca dos culpados.

Nas mãos do produtor Rafael Dal-Bó resta o processo contra os sem-terras. Foi a única coisa que sobrou dos 3,600 hectares legalizados onde plantava arroz e retirava madeira para exportação. A propriedade, que fica em Novo Mundo ? no extremo norte de Mato Grosso ? foi invadida a porta fechada por um grupo que dizia pertencer a um movimento social. Sem ter o que fazer, abandonou tudo e hoje amarga os prejuízos e a revolta.

Depois disso a rotina de Rafael mudou. Há 10 anos trocou o campo invadido pela cidade, onde busca justiça: quer recuperar o que perdeu. Na época da invasão denunciou o Incra. Segundo ele, servidores públicos corruptos estariam chefiando estes grupos sociais e lucrando com a situação. Enquanto o caso não é solucionado, o agricultor e outros vizinhos da região convivem com a impunidade.

Rafael não foi o único a registrar queixas contra o Incra. De acordo com o Ministério Público Federal, há centenas de denúncias de irregularidades nos processos de reforma agrária no Estado. Todas as acusações serão investigadas com apoio da Polícia Federal. O caso mais recente aconteceu na área da Gleba Divisa, que também fica em Novo Mundo, onde lotes estariam sendo comercializados em plena luz do dia. Há suspeitas da participação de funcionários do Incra. Diante das denúncias, o superintendente do órgão, Willian César Sampaio, apoia a ação e pede ajuda a Polícia Federal na caça aos corruptos.

Para Afonso Dalberto, presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso, apesar de o Estado ter financiado parte da construção das casas do loteamento, a responsabilidade da área cabe à União. Por isso nega acusações de que o Intermat estaria agindo com descaso e reforça que o Governo Estadual só poderá intervir nos assuntos fundiários da região quando for oficialmente responsável pela área.

De acordo com o Incra, em Mato Grosso existem 538 projetos de assentamentos, em uma área de quase seis milhões de hectares. Atualmente 82.187 mil famílias estão assentadas no Estado.

Diante destas acusações parlamentares estão se organizando para tentar ajudar a resolver o problema. Por telefone o ex-senador da República por Mato Grosso, Gilberto Goelner, disse que já foi encaminhado para a Câmara um projeto para criar uma comissão parlamentar de fiscalização e controle. Entre as medidas, a comissão deverá realizar audiências públicas e um levantamento sobre as denúncias, além de tentar reunir os envolvidos. O objetivo é colocar um ponto final nestes casos.

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