Os produtores estão pressionando para que a votação saia o mais rápido possível, e se mostraram ansiosos para que a votação saia o mais rápido possível.
? A ansiedade é muito grande, nós esperamos que os parlamentares tenham consciência da importância que tem o Código Florestal. O agronegócio é o que alimenta o brasileiro e que está alimentando o mundo ? afirmou o produtor Francisco de Assis.
? Será que se o Congresso proibir a gente de produzir em várzeas e morros, eles vão autorizar a vinda de produtos de países que produzem em várzeas e morros? ? reivindicou Nivaldo Ribeiro, presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari.
O movimento em Brasília marcou uma mudança de postura dos produtores. Eles estão mais determinados a buscar o reconhecimento da sociedade, e não servir apenas como ponto de equilíbrio para a balança comercial. Uma definição sobre o Código Florestal vai dar início nesta busca pelo equilíbrio entre produção e preservação.
? Tomara que a gente encontre um caminho mais favorável para a agricultura, inclusive eu conheço outros países onde o agricultor é reconhecido como a salvação do país. Aqui no Brasil é o contrário, nós somos o mal ? afirma o cafeicultor Serafim Peres.
O deputado Federal Paulo Piau recebeu na ultima semana sugestões de ambientalistas e diversas entidades. No momento decisivo, ele tenta conciliar uma aproximação entre os dois lados do processo.
? O lado dos ambientalistas que recusou a participar do processo da comissão especial no início, agora todos estão participando. Nós recebemos 55 notas técnicas das mais variadas instituições de ONGs e partidos. Na próxima terça, dia 12, vamos ter o documento pronto para entregar ao relator ? relata o parlamentar mineiro Paulo Piau, do PMDB.
Relator das mudanças no Código Florestal, o deputado federal Aldo Rebelo fez um resumo de como surgiu o código, remontando uma história que vem do tempo do Brasil Colônia. Agora é o momento de modernizar as leis de acordo com a nova realidade, mas o deputado alerta que a votação, que deve sair até o final do mês, mesmo com uma decisão favorável não vai resolver todos os problemas do campo.
? A legislação ambiental é muito complicada no Brasil, mas creio que pelo menos 90% dos problemas serão resolvidas, principalmente a regularização das propriedades, a definição de novas formas de reserva legal e as áreas de preservação permanente. Creio que isso dará segurança e tranquilidade para os produtores rurais ? afirmou o deputado.