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Produtores de erva-mate do Rio Grande do Sul reclamam da baixa remuneração

Valor pago ao agricultor não acompanha a alta dos preços ao consumidorA alta no preço da erva-mate já está sendo sentida pelos consumidores no Rio Grande do Sul. O quilo do principal ingrediente do chimarrão chega a custar mais de R$ 8,00 em supermercados do Estado. O aumento, no entanto, não acompanha os valores pagos aos produtores, que reclamam da baixa remuneração. O preço médio pago pela arroba está em R$ 5,50.

— Há 15 anos a gente ganhava cerca de 3 kg por arroba do preço que as empresas colocavam no mercado. A erva-mate chegou a ser chamada de ouro verde, petróleo verde, mas hoje é um deserto — lamenta o produtor Odair Becker.

O aumento das exportações da erva-mate, a redução de oferta da folha do produto, a mão de obra escassa para a colheita e a seca que atingiu o Estado gaúcho são apontados como causas para o movimento.

— O mundo está comprando e valorizando mais a erva-mate. Estamos trabalhando com os polos produtores mostrando a viabilidade econômica da erva-mate, principalmente nos municípios que tenham clima e solo favorável e mão de obra. Mostrando que a erva-mate pode ser uma grande e importante atividade que vai gerar renda — explica o presidente do Sindicato da Indústria do Mate do Rio Grande do Sul, Alfeu Strapasson.

A tendência é que até o fim do ano o preço da erva-mate possa subir mais ainda ao consumidor.

— A tendência é que tenhamos uma leve alta no preço da erva-mate. Em consequência de todos esses fatores, o preço subiu e hoje ela esta tendo um aumento de 12% a 14% conforme a região — afirma o técnico da Emater, Ilvandro Barreto de Melo.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de erva-mate do Brasil, com cerca de 60% da produção nacional. Atualmente, a área plantada no Estado chega a 30 mil hectares.

— Muitos acabam trocando a cultura da erva-mate pela cultura da soja, que tem uma tendência muito boa de preços para o próximo ano — diz Strapasson.

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