O agrônomo da Emater, Renan Corá de Lima, acredita que se o tempo ajudar e o produtor adotar as tecnologias corretas, a produtividade pode crescer.
? Se as condições climáticas forem favoráveis e o grau tecnológico utilizado pelos produtores for de médio para cima, acreditamos que esta estimativa inicial, de 1,1 mil quilos por hectare, possa aumentar com o passar do tempo ? diz Lima.
No primeiro levantamento divulgado pela Emater, ainda na Expointer 2001, realizada em Esteio (RS), a estimativa inicial de área é de aproximadamente 69 mil hectares. Estabilidade em relação à safra anterior. Mas os produtores acreditam que a tendência é de queda, que pode chegar a 20% devido ao desestímulo por causa dos preços.
O presidente da Associação dos Produtores de Feijão do Rio Grande do Sul (Aprofeijão) informa que os custos de produção são de R$ 80, enquanto o preço pago pela saca de 60 quilos não passa de R$ 65. Tarcísio Ceretta afirma que os produtores estão se adequando de acordo com a realidade.
? Cada um está se adequando dentro da sua realidade, plantando variedades que são mais produtivas. Tem que tentar fazer milagre. Os que estão plantando, não estão plantando pelo preço, mas sim esperando que melhore ? avalia.
Ele salienta que os produtores estão organizando uma pauta de reivindicações para pedir apoio ao governo federal para melhorar os preços do produto. Além disso, o presidente da Aprofeijão ressalta que a entrada de feijão importado, especialmente da China, também atrapalha a formação de preços.