A propriedade do produtor rural Wilhemus Eltink fica em Holambra, há 140 quilômetros de São Paulo, e possuía 150 hectares de feijão até 2011. Neste ano, são apenas 40, e o produtor trocou a cultura pelo milho. Segundo Eltink, o prejuízo foi tão grande na época que necessitou se desfazer de um sítio para pagar dívidas. Atualmente, o agricultor está bastante satisfeito com a situação, pois de todo o milho que foi plantado em março, parte ainda está no campo, e não falta comprador para o produto.
Segundo o analista de mercado Glauco Monte, os preços recordes do milho têm levado muitos produtores a trocarem de cultura. Conforme Monte, a quebra na safra americana pode chegar a 60 milhões de toneladas, quase o que o Brasil produz durante a safra, que neste ano está estimada em 69 milhões de toneladas.
Para o analista, a situação da safra dos Estados Unidos é irreversível e, mesmo que chova no país, o cenário não deve mudar. A situação deve beneficiar o produtor brasileiro, que tem garantido bons lucros com a mudança na cultura até o momento.