No total, o Brasil deve colher em 2012 3,68 milhões de toneladas de feijão, a maior parte do carioca, o mais consumido no país. O feijão preto, que é comum na região Sul, o Brasil não tem produção suficiente e importa pelo menos cem mil toneladas ao ano. O produto, que antes era fornecido principalmente pela Argentina, agora tem na China o principal fornecedor.
— Nós estamos importando mais da China de dois anos para cá porque os preços estão competitivos em relação não só ao Brasil, mas também à Argentina — explica a analista de mercado Sandra Hetzel.
Como o tempo afetou a produção na região Sul, os produtores do Sudeste esperam conseguir agora até R$ 250 pela saca de 60 quilos do feijão carioca, um preço considerado bom.
— Em 2004 (a saca) foi vendida a R$ 280. Depois, em 2009, eu vendi a R$ 40. No ano passado vendi a R$ 150 e esse ano está prometendo R$ 250 — afirma o produtor Paulo Siqueira.
— O preço bom de R$ 250, acima da média histórica de R$ 100, R$ 120, como está no mercado desde o começo do ano, está bastante atraente para o produtor de feijão, porém eu acredito que ele deva estar preparado para acomodação de preços — explica Sandra.