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Produtores gaúchos enfrentam problemas com a demora na concessão de licenças ambientais

Problema surgiu após a prisão dos envolvidos na Operação Concutare, desflagrada em abril deste anoA Operação Concutare, uma das maiores operações policias no país sobre crimes ambientais, foi deflagrada no final de abril em oito cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A ação policial derrubou a cúpula ambiental gaúcha. Luiz Fernando Zacchia e Carlos Niedersberg, Secretários Municipal e Estadual do Meio Ambiente foram presos com outras 16 pessoas. Servidores públicos, consultores e empresários eram investigados há mais de um ano e foram indiciados por corrupção passiva, lavagem de dinh

O consultor técnico da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Ivo Lessa Filho, disse que muitos processos estão parados.

– Na verdade, se formos analisar, as lavouras de arroz, suinocultura e avicultura e avicultura, precisam do licenciamento até atender as demandas de exportação. O pequeno está sendo muito prejudicado com tudo isso. Eles estão sendo alijados pelos processos – destaca o consultor.
 
Para o consultor da Farsul, em um Estado com forte capacidade agrícola, a morosidade é inadmissível, e segundo ele, a centralização das licenças em órgãos desorganizados e sem estrutura operacional se torna um dos principais problemas.

Segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), outro fator relacionado à ineficiência pública para a emissão dos documentos, está no desamparo jurídico ao fiscal licenciado. É o que explica o assessor de políticas agrícolas Fetag, Alexandre Scheifler.
 
– Por exemplo, se houvesse alguma negligencia, talvez não seja essa a palavra certa, ou uma ausência de cuidado em relação à emissão da licença ambiental, o licenciado era arrolado no processo, e para que ele pudesse se defender, ele teria que contratar um advogado por onda própria, o Estado não o amparava. Esse amparo existe a menos de um ano. O que eu acho muito salutar, pois compreendo que a partir do momento que o licenciado não tinha segurança em emitir uma licença, se faltava argumentos. Ele preferiria exigir mais documentações para que ele pudesse emitir, sem ser arrolado no processo – disse Scheifler.

O presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), Nilvo Silva, admite que o problema seja gerencial e disse que as adversidades são históricas. Segundo ele destaca, o governo do Estado vai fazer a contratação emergencial de mais profissionais e que já foram indiciados os processos de licitação para a informatização da Fepam. A medida deve trazer mais agilidade aos processos.
 
– O RS vem de uma década em que foi vanguarda em meio ambiente para uma retaguarda. É de lamentar que tantos governos que passaram não tenham tido essa iniciativa de planejar o futuro. O governo já possui os recursos do BNDES e já iniciou os processos de licitação para informatização da Fepam que é o órgão que tem a maior demanda – concluiu.

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