O custo da produção de trigo cresceu 1,19%. Na soja, aumentou 0,52%. No milho, a situação é um pouco mais alentadora: baixou 3,31%. Esses valores, em confronto com a queda das cotações dos grãos ? 3,1% (trigo), 18,4% (soja) e 9% (milho), da última safra, são uma das razões da defasagem nos resultados, avalia Tarcísio Minetto, economista da Fecoagro.
Além de torcer por uma boa colheita, o produtor deverá racionalizar o uso dos insumos e de tecnologias. Com esse cenário, o economista sugere cautela no plantio da lavoura de verão.
? Se o produtor analisar friamente os números, vai ficar meio apavorado. De qualquer forma, é uma avaliação feita sobre o desempenho até o momento e tudo pode mudar ? diz Minetto, considerando que cada unidade produtiva usa tecnologias diferenciadas.
No noroeste do Rio Grande do Sul, os produtores se mantêm otimistas. Antônio Wünch, vice-presidente da Cooperativa Central Agroindustrial Noroeste (Coceagro), adianta que a expectativa é repetir as áreas cultivadas de soja e trigo no próximo plantio.
? Para o milho, há um pouco de temor, mas na soja e no trigo espera-se uma boa lucratividade ? prospecta Wünch, lembrando que o plantio de trigo na área de atuação da cooperativa registrou aumento de 6% a 8% em relação ao ano passado.